22/12/2011

Recordações de 2011




Amigos,

Hoje não tenho muito a dizer. O ano está acabando, e vem o necessário balanço, a retrospectiva individual. Não foram poucas as vezes que regado à cerveja ou vinho, escrevia os acontecimentos, pautando ora em forma de poesia, ora outro beirando pra prosa. Esquecendo e editando situações ao vento enganador da memória. Porém,  sempre com a certeza de que a vida se faz de momentos e experiências, nosso dever é aprender quando um momento torna-se experiência. O ensinamento da vida. Coisas da minha avó. No final, encerrava o texto agradecendo o contínuo pulsar da existência e novas oportunidades de acertar. E claro, agradecia os erros, cobranças, má querência, isso não dá, não pode, etc, afinal, são indicadores de caminhos. Respeito. Portanto, AGRADEÇO, enormemente a Deus, meus orixás, amigos, novos e antigos, família parte integrante e indissociável do meu trabalho e minha vida. AGRADEÇO. Faço essa retrospectiva  agradecimento, sempre, e já me retiro deste espaço com retorno para fevereiro, depois de Iemanjá, lá pras bandas do dia 14, aniversário da passagem de Carolina de Jesus. Simbora.

O cartaz



Céu Água Azul - Contos Afros

O Lançamento - Casa das Rosas :Cosme, Marco, Liah, Mafalda, Helton, Susi e Ballouk
Encontro escritores Biblioteca Àlvares de Azevedo
lançamento Sarau Elo da Corrente- Samantha e Raquel declamando: "Àfrica, futuro mais que perfeito"

Bate Papo livro Cadernos Negros 32- Quilombaque
Lançamento Pávio da Cultura - Sacolinha, Ballouk e Adilson
Lançamento Sarau da Brasa Chelmi, Vagner, Raquel, Douglas, Samantha, Divino

Dia das Crianças - Sarau Elo da Corrente

Lançamento Sarau Suburbano Convicto

 Semana da Pedagogia - Unipalmares

Trofeu Raça Negra - Éis o meu prêmio!

20 de Novembro- Palestra literatura Afro-brasileira- Unipalmares


Diálogos Poéticos- Casa das Rosas - Pezão e amigo

Primeiro Sarau de Caieiras -Décio e família Ballouk

Bate papo Literatura Afro-brasileira - Feira Preta - Afroeducação
Exposição Vem Poeta - Sesc Santo Amaro ( Poema a vontade de todos)








21/12/2011

Palestra: Clássicos da Literatura Afro-brasileira

Sergio Ballouk e Irene Izilda da Silva
Aconteceu dia 17/12 na Sala de Reflexão da Feira Preta: Os Clássicos da Literatura Afro-Brasileira, bate papo dirigido por este que escreve e Irene Izilda da Silva. Confesso que já compartilho da presença da amiga, nos dias de encontro do Quilomboletras. Este convite partiu da Afroeducação e, descontraidamente, dialogamos com o público sobre este tema tão necessário e atual. Foram momentos de reflexão, onde a biografia dos escritores e suas obras se entrelaçam grandiosamente. Valeu Cintia e Paola da Afroeducação. Simbora!
Paola Prandini - Afroeducação




19/12/2011

VEM POETA - SESC SANTO AMARO - ( A vontade de todos - Sergio Ballouk))

Dica de SESC- Quem estiver pelos lados do Sesc Santo Amaro, vá conferir a exposição Vem Poeta, até 30/12, poemas com curadoria de Sergio Vaz e Projeto Visual de Valéria Marchesoni. As poesias escorrem pelas paredes das escadas, degraus, conduzem com poesias o belo Sesc Santo Amaro. (no labirinto do Minotauro tem palavras  para orientar o olhar.) Vale a pena.  Participo com o poema A Vontade de Todos. São muitas poesias, tirei algumas fotos para degustação visual. Simbora.
Sergio Ballouk







Sergio Vaz


Sergio Vaz

Giovani Mendes

Hugo Paz

16/12/2011

Os clássicos da literatura de origem afro-brasileira na Feira Preta 2011

Amigos, vou mandar uma mensagem pra quem gosta de gente bonita.  A Feira Preta desse ano será imperdível: Criolo, Mano Brown, Lino Crizz, livros de literatura afro-brasileira, samba, muita coisa boa. E falando em coisa boa. Pois é, essa é pra fechar o ano... A convite da AfroeducAÇÃO, vou participar com a Irene Izilda da Silva de uma roda de conversa sob o tema: "Os clássicos da literatura de origem afro-brasileira". Responsa na humildade. Então convoco a sua participação, venha contribuir com essa discussão. Logo depois, no mesmo espaço, será o lançamento do Cadernos Negros 34. Percebeu que é imperdível. Simbora! 
 
Serviço: 
"Os clássicos da literatura de origem afro-brasileira"
Espaço Reflexão
Dentro da Feira Preta 17/12 - sábado
horário: 15:30 às 16:30
 




15/12/2011

CADERNOS NEGROS 34 NA FEIRA PRETA


LANÇAMENTO DO CADERNOS NEGROS VOLUME 34 –
CONTOS AFRO-BRASILEIROS

NA FEIRA PRETA



(Divulgação Quilombhoje) "Em primeiro lugar, mojubá pra você que acompanha, valoriza e apoia o trabalho do Quilombhoje, você que acha importante a literatura afro e mostra isso não só por palavras, mas também em suas ações. Seu axé faz com que sigamos adiante.

Mojubá também para aqueles que não acompanham, não acham importante, acham que essa coisa de literatura negra é bobagem, que o caminho não é por aí.

Respeitamos todas as opiniões, mas é lógico que não compactuamos com algumas e sabemos que em algum momento o texto seduzirá mesmo aqueles mais resistentes.

Afinal, nossa literatura fala de coisas que estão caladas no dia a dia, mas que todos sentem.

E como todo ano acontece, neste ano também lançaremos um volume de Cadernos Negros.

Este é de contos e tem 21 autores. É o volume 34.

A vida é mudança e neste ano o lançamento será um pouco diferente. Será dentro da Feira Preta, ecento que também ocorre anualmente e que leva agrega pessoas interessadas na produção artesanal, cultural e artística da população afro, e que ocorre sábado e domingo.


Serviço:
17 de dezembro, sábado, às 17h.
lançamento do Cadernos Negros 34
Centro de Exposições Imigrantes, 



CADERNOS NEGROS VOLUME 34 – CONTOS
Autores e textos:

Ademiro Alves (Sacolinha)
Adversário Íntimo

Adilson Augusto
Na Ponta da Língua

Claudia Walleska
África-Brasil

Conceição Evaristo
Lumbiá
Ei, Ardoca

Cristiane Sobral
O Tapete Voador

Cuti
Que Horas São?

Débora Garcia
O Anjo

Denise Lima
Baobás

Elizandra Souza
Antes que as Águas da Cabaça Sequem

Esmeralda Ribeiro
A Moça

Fátima Trinchão
A Bênção, meu Pai

Fausto Antônio
O Escuro das Palavras

Guellwaar Adún
A Solidão de Soledade

Henrique Cunha Jr.
Operação Limpa

Jairo Pinto
Armandinho, RG Desconhecido

Luís Carlos ‘Aseokaýnha’
A Grama

Mel Adún
Menininha

Míghian Danae
Família

Miriam Alves
O Velório

Onildo Aguiar
Tambores do Filho do Homem

Thyko de Souza
Nasce uma Lenda"

12/12/2011

NEGRAFIAS 03- 16/12 - Bar Paiol






(divulgação)  Chamação para o lançamento da
antologia Negrafias – Literatura e Identidade vol. 3

O Convite é irresistível: Lançamento da antologia Negrafias – Literatura e Identidade vol. 3. São vinte autor@s, que se debruçam sobre o pálido papel, com liberdade criativa, formando um mosaico de gênero, alcançando outra forma de contar nossa história. Como descrito na orelha do livro “Negrafias é chama de fogueira justiceira que queima o pau apodrecido e alumia o pensamento. É lâmina de obé amolado que rasga o pálido conforto da consciência incolor de mocinhos e mocinhas. É água de chuva, daquelas que purifica a vida e rega colheita. É livro que contém histórias e personagens imateriais, porém de uma realidade tão porosa que será difícil não ser, de algum modo, cúmplice. É um prazer servir na sua mesa um cardápio literário repleto de negros contos, poesias e ousadias”(...).
O local do lançamento será no recomendável Bar Paiol, do nosso amigo Bru, que se localiza na Rua Inácio Pereira Rocha, n. 273 no bairro de Pinheiros Ficaremos muito contentes com a presença de tod@s vocês para que possamos celebrar mais essa conquista e trocar positivas energias!

O valor arrecadado com a venda deste livro será destinado para a construção de um espaço comunitário na Comunidade de Terreiro Ilê Axé de Yansã, no município de Araras/SP.

Autores participantes:
Organização: Marciano Ventura
André Luis Patrício (SP), Andrio Candido (SP), Damazze Lima (SP), Elis Regina Feitosa do Vale (SP), Fau Ferreira (BA), Fernanda Rodrigues Miranda (SP), Geranilde Costa e Silva (CE), Hamilton Borges Walê (BA), Janaína Santana (SP), Jociara Keila (SP), Juliana Queiroz (SP), Marcelo Mafra (SP), Marciano Ventura (SP), Marcio Folha (SP), Nina Silva (RJ), Paulo Cigano (SP), Pollyanne Carlos da Silva (PE), Priscila Preta (SP), Sirlene Santos (SP), Sueide Kintê (BA).

Programação
Mestre de Cerimonia: Rubão O Iluminado
Grupo Raizarte – O malandro e a dançarina
Dança para Oxum - Coletivo Esperança Garcia com participação de Giovani di Ganzá
DJ Edmilson, o Dj Diferenciado 
Pocket show com Felipe Augusto - Quilombrasa
Sarau de Poesia
   Mercado Preto: Omosholá Artes Africanizadas , cds, artesanatos.
   Atrações surprezas!!!


Ciclo Contínuo de Literaturas
Coordenação Geral/Editorial: Marciano Ventura

Coordenação de Produção: Valéria Alves de Souza

Coordenação Pedagógica: Sylvia Sabrina Santander

Projeto Gráfico e capa: Denis A. Figueiredo

Ilustração da Capa: Conde (in memoriam)

Revisão: Fernanda Rodrigues de Miranda

Colaboradores: Marcio Custódio de Oliveira, Elis R. do Vale Feitosa, Samuel Galvase, Rubens Barbosa Leal

Apoio: Ilê Axé de Yansã e Bar Paiol

Patrocínio
Programa VAI/Prefeitura de São Paulo




08/12/2011

Resposta de CUTI para Ferreira Gullar -



Outro dia comentava feliz que não precisava mais explicar a legitimidade da literatura afro-brasileira, era página virada, conceito aceito. Ponto. Pois é. Éis que Narciso larga o espelho e tal parafuso perdido de engenhoca escravagista, vem a público, jabutizadamente, questionar o que está nas ruas, nos saraus, nas bocas, nos livros, tema de pós, mestrados, doutorados...
Uns dizem, não acredito, logo ele, pô! Outros, já esperava dele mesmo!
Mas se ele pediu, e com jeito, educação européia de sinhô, acho que vou acatar, parar de pensar, escrever, ler, declamar por aí... Fica a pergunta: E como impedir as outras centenas quando se atreverem a segurar uma caneta e deixar escorrer um pouco de escrevivência? Tapinha na mão com receituário do Poema Sujo?

Em tempo1 - Escrevivência é neologismo de Conceição Evaristo, vá brigar com ela.

Em tempo2 – Hoje tem Sarau Elo da Corrente com o lançamento do livro Mulher
Mat®iz de Miriam Alves. Não era pra falar, xi. Perdão. Fui mal!

Resumo:   EM TIME QUE ESTÁ GANHANDO NÃO SE MEXE!

"por Cuti enviado para o Portal Geledés"

Desdobramento texto de Ferreira Gullar  - Preconceito Cultural. "Cruz e Souza e Machado de Assis foram herdeiros de tendências européias: não se pode afirmar que faziam literatura negra..." - Folha de São Paulo (Ilustrada) de 03/12/2011.
Por conta da publicação, em quatro volumes, da Literatura e Afrodescendência no Brasil: antologia crítica, organizada pelos professores Eduardo de Assis Duarte e Maria Nazareth Fonseca, seja pela apresentação gráfica sofisticada da obra, seja pelo seu aporte crítico envolvendo profissionais de diversas universidades brasileiras e estrangeiras, a questão de ser ou não ser negra a vertente da literatura brasileira que compõe seu conteúdo tem trazido à tona manifestações que vão desde respeitosas e aprofundadas abordagens até esdrúxulos pitacos de quem demonstra sua completa ignorância do assunto, má vontade e racismo crônico. Neste último caso está o que publicou Ferreira Gullar, com o título "Preconceito cultural", no caderno Folha Ilustrada, do jornal Folha de São Paulo, de 04/12/2011.
O autor do Poema Sujo, no qual compara um urubu a um negro de fraque, deve estar estranhando (estranheza é a palavra que ele emprega) que o negro não é uma simples idéia desprezível, mas um imenso número de pessoas, cuja maior parte, hoje, não come carniça, e que aqueles ainda submetidos à miséria mais miserável jamais quiseram fazer o trabalho daquela ave, e que se a "a vasta maioria dos escravos nem se quer aprendia a ler", como diz ele, não é porque não queria. Era proibida. Há vários dispositivos legais e normas que comprovam isso. Havia uma vontade contrária. Há e sempre houve um querer coletivo negro de revolta contra a opressão racista.
Quanto a existir ou não literatura negro-brasileira, deixemos de hipocrisia. No mundo da cultura só existe o que uma vontade coletiva, ou mesmo individual, diz que sim e consegue vencer aqueles que dizem não. Foi assim com a própria literatura brasileira e os tantos ismos que por aqui deixaram seus rastros. Características, traços estilísticos, vocabulário etc, que demarcam a possibilidade de se rotular um corpus literário, no tocante à produção literária negra, já vem sendo estudados. Basta lembrar três antologias de ensaios: Poéticas afro-brasileiras, de 2002, com 259 páginas;
A mente afro-brasileira (em três idiomas), de 2007, com 577 páginas; Um tigre na floresta dos signos, de 2010, com 748 páginas, além de outras reuniões de textos, estudos, dissertações e teses. Por outro lado, se Cruz e Sousa e Machado de Assis, como argumenta Gullar "foram herdeiros de tendências literárias européias", e, portanto, "não se pode afirmar que faziam literatura negra", o que dizer de Lépold Senghor e Aimé Césaire, principais criadores do Movimento da Negritude, embora herdeiros da tradição literária francesa? A literatura não é só resultado de si mesma. Só uma perspectiva genética tacanha desconheceria outras influências do texto literário, tais como a experiência existencial do autor, sua formação política e ideológica, o contexto social, entre tantas mais. Nenhum escritor é obrigado a reproduzir suas influências.
A maneira como o tal poeta cita o samba, a dança, o carnaval, o futebol é aquela que simplesmente aponta o "lugar do negro" que o branco racista determinou, um lugar que serviu de "contribuição" para que os brancos ganhassem dinheiro, não só produzindo sua arte a partir do aprendizado com os negros, mas também explorando compositores diretamente e calando-os na sua autoafirmação étnica. Basta inventariar quantos grandes compositores negros morreram na miséria. A essa realidade o poeta chama de: "nossa civilização mestiça". Mas, pelo visto, a literatura, sendo a menina dos olhos da cultura, deve ser defendida da invasão dos negros. O escritor e crítico Afrânio Peixoto, lá no passado, deixou a expressão bombástica sobre a literatura ser "o sorriso da sociedade". Gullar não pensa isso, com certeza, mas em seus pobres argumentos está a ruminar que a literatura não pode ser negra. Talvez sinta que a negrura pode sujá-la, postura bem ainda dentro do diapasão modernista que abordou o negro pelo viés da folclorização.
A esquerda caolha e daltônica brasileira sempre se negou a encarar o racismo existente em nosso país. Por isso andou e anda de braços e abraços com a direita mais reacionária quando se trata de enfrentar o assunto. Para ela, a mesma ilusão dos eugenistas, tipo Monteiro Lobato, se apresenta como verdade: o negro vai (e deve) desaparecer no processo de miscigenação. Para alguns cristinhos ressuscitados dos porões da ditadura militar e seus seguidores sobreviveria e sobreviverá apenas o operariado branco. Concebem isso completamente esquecidos de que a cor da pele e traços fenotípicos estão inseridos do mundo simbólico, o mundo da cultura. No seu inconsciente, o embranquecimento era líquido e certo, solução de um "problema". Hoje, é provável que os menos estúpidos já tenham se deparado com as estatísticas e ficado perplexos. Gullar, pelos seus argumentos, se coloca como um representante da encarquilhada maneira de encarar o Brasil sem a participação crítica do negro. E, como é de praxe, entre os encastelados no cânone literário brasileiro, incluindo os críticos, não ler e não gostar é a regra. Em se tratando de produção do povo negro, empinam e entortam ainda mais o nariz. Devem se sentir humilhados só de pensar em ler o que um negro brasileiro escreveu e, no fundo, um terrível medo de verem denunciado o seu analfabetismo relativo a um grave problema nacional: o racismo, ou serem levados a cuspir no túmulo de seus avós.
Gullar  diz ser "tolice ou má-fé" se pensar um grande público afrodescendente como respaldo da produção literária negra. Será que ele algum dia teve em seu horizonte de expectativa o leitor negro? Certamente não, como a maioria dos escritores brancos. Isso, sim, é tolice, má-fé e, cá entre nós, uma sutil forma de genocídio cultural, próxima daquela obsessão de se matar personagens negros. E não adianta nesse quesito invocar um parente mulato como, em outros termos, fez o imbecil parlamentar racista Bulsonaro.
Antonio Cândido, em entrevista publicada na revista Ethnos Brasil, em março de 2002, com o título "Racismo: crime ontológico", fazendo sua autocrítica relativa à sua omissão, por muito tempo, do debate sobre a questão racial, argumenta que o "nó do problema" estaria "no aspecto ontológico", e prosseguindo: "está no drama, para o negro, de ter de aceitar uma outra identidade, renegando a sua para ser incorporado ao grupo branco." Façamos um acréscimo ao que disse o consagrado mestre. A questão racial é um problema ontológico no Brasil porque diz respeito também ao ser branco, pois o debate sobre o problema enfrenta a ilusão da superioridade congênita do branco, que o racismo insiste em manter cristalizada na produção intelectual brasileira. Ele, o branco, tem o drama de ser forçado a aceitar uma outra identidade que não aquela de superioridade congênita que o racismo lhe assegurou, de ser obrigado pelo debate a experimentar a perda da empáfia da branquitude, descer do salto alto. Aliás, o sociólogo Guerreiro Ramos nos legou um ensaio elucidativo do assunto, intitulado "A patologia social do branco brasileiro".
A produção intelectual não é tão somente uma exclusividade de brancos racistas, apesar de certa hegemonia ainda presente. Além de brancos conscientes da história do país, negros escrevem, publicam livros e falam não só de si, mas também dos brancos, dos mestiços e de todos os demais brasileiros. Quem não leu e não gostou dessa produção, em especial a do campo literário, já não está fazendo tanta diferença. A crítica binária,baseada no Bem X Mal, está enfraquecida. Um dos propósitos de seus defensores quando pensam negros escrevendo é o de tirar o entusiasmo dos filhos e dos netos daqueles que por muitos séculos lhes serviram a mesa e lhes limparam o chão e mesmo daqueles que ainda o fazem. A vontade coletiva negra está em expansão e não é só no campo literário. Assim, quando o poeta Ferreira Gullar diz que falar em literatura negra não tem cabimento, é de ser fazer a célebre pergunta: "Não tem cabimento para quem, cara-pálida?" A sua descrença no que chama de "descriminação" na literatura, crendo que ela não "vá muito longe" e gera "confusão" é o simples reflexo da baixa expectativa de êxito que a maioria dos brancos tem em relação aos negros, resultado dos preconceitos inconfessáveis, passados de geração para geração, para minar qualquer ímpeto de autodeterminação da população negra.
Para Aristóteles havia os gregos e o resto (os bárbaros). O branco brasileiro precisa superar este complexo helênico de pensar que no Brasil há os brancos e o resto (mestiços e negros). Tal postura é uma das responsáveis pelo descompasso da classe dirigente em face da real população. Certamente, essa é a razão de Lima Barreto, o maior crítico do bovarismo brasileiro, ainda ser muito pouco ensinado em nossas escolas. O daltonismo de Ferreira Gullar, advindo de um tempo de utopia socialista, hoje é pura cegueira. Traços físicos que caracterizam historicamente os negros não são
só traços físicos, como quer o articulista, mas representações simbólicas, por isso perfeitamente suscetíveis de gerar literatura com especificidades. Se o poeta não concebe negros possuidores de consciência crítica no país e as históricas particularidades de sua gente, devia fazer a sua autocrítica e não insistir na cegueira. Não dá mais para negar que a classe C está disputando também assentos no vôo literário, além dos bancos de universidades, nos shoppings e outros espaços sociais. E a população negra também faz parte dela. Quem não quiser enxergar vai continuar vivendo embriagado por esta cachaça genuinamente brasileira, produzida nos engenhos decadentes: o mito da democracia racial. Pena que alguns, de tão viciados, não largam a garrafa.
Luiz Silva (Cuti), escritor, doutor em literatura brasileira.

30/11/2011

SARAU NO CEU FORMOSA e Sergio Ballouk

dia 10/12 -( sábado) das 14h00 às 16h00 vou participar do I Sarau na Biblioteca - CEU FORMOSA. Lá vou conversar sobre a nossa literatura afro brasileira, a minha vivência e recitar poemas. Vai ser melhor com a sua presença. Simbora.


Serviço: Sarau CEU FORMOSA
Rua Sargento Evaristo Dias, 10 - Pq. Santo Antonio -  SP
 www.ceuformosa.blogspot.com



29/11/2011

Literatura e Afrodescendência - UFMG


Dia 06/12, terça-feira.Biblioteca Mario de Andrade. Olhe o cartaz acima. Olhou. Pois bem. Preste bem atenção na rapaziada que vai comparecer. Terça-feira. 06/12. Guarde esse data, daqui há alguns anos alguém vai perguntar: "O que você fez dia 06/12? Não vai me dizer que perdeu O Lançamento? ( pausa)  E você vai ter que inventar alguma mentira, médico, mulher não deixou, a tampa da panela de pressão caiu no seu pé, sei lá. Ou fique esperto agora, coloque na agenda e repita comigo: Eu fui NO LANÇAMENTO, de peito estufado, alma carregada de poesia, auto estima a mil, pele acalentada de afro literatura.
 Aglutinação de tanta gente boa só poderia resultar em um trabalho como esse. Literatura e Afrodescendência no Brasil- Antologia Crítica, Org. por Prof. Eduardo A.Duarte e Maria Nazaré S.Fonseca. Imemorável. Quem vai perder esse encontro? Ficou louco?  Já pensou se rolar uma roda de poemas, de improviso, Claro! Daquelas que só entra quem tem poema na manga, pede licença, faz a sua parte com maestria, no sapatinho, igual capoeira ou "carioca" de samba-rock. Só que de versos.  Aí quem tem  máquina filma, fotografa. Quem tem poema preso na garganta chora. Por dentro, sorrindo de felicidade. Idéia de quem não tem o que fazer, ou tá louco pra fazer, sei lá, e aí fica na lembrança, esse dia: 06/12- terça-feira.


"HOMENAGENS: Carlos de Assumpção, Eduardo de Oliveira

CONVIDADOS ESPECIAIS Abelardo Rodrigues, Abílio Ferreira, Ademiro Alves (Sacolinha), Allan da Rosa, Alzira Rufino, Carlos de Assumpção, Cidinha da Silva, Cuti, Eduardo de Oliveira, Estevão Maya-Maya, Esmeralda Ribeiro, Fausto Antônio, Geni Guimarães, Heloisa Pires Lima, Henrique Cunha Jr., Jamu Minka, Luís Carlos de Santana, Miriam Alves, Márcio Barbosa, Oswaldo de Camargo, Paulo Lins, Ramatis Jacino, Ruth Guimarães, Sônia Fátima da Conceição.

Vamos repassar + Vamos repassar + Vamos repassar + Vamos repassar + Vamos repassar + Vamos repassar"

28/11/2011

Sergio Ballouk - Diálogos Poéticos

Depois de seis meses retornei a Casa das Rosas. Ufa! Quanta coisa tem acontecido, boas surpresas, bons abraços, novos amigos, o ano tá a mil por hora. Nesse dia participei do Diálogos Poéticos, bem, digamos que foi Monólogo Poético, devido a problema de agenda o Tarso não pode comparecer. Dezenas de poetas sob a simpatia do Pezão reforçavam os laços poéticos daquela noite. Enquanto eu falava da mudança que a literatura pode realizar nas pessoas, lembrei de Sacolinha, Sergio Vaz e a Cooperifa, e eu, claro! A parte mais emocionante da noite, não foi nada do que eu disse, ou a música que ouvimos, foi uma declamação curta e renascedora de uma poeta que superava seus limites emocionais, declamando, pois é, exemplificando tudo o que havia dito, mas agora com vivência e doses cavalares de literatura homeopaticas. E o ano ainda não acabou, tem lançamentos, estréia de novos saraus... Fotógrafos de plantão: Arthur e Susi.






25/11/2011

Sergio Ballouk e Tarso de Melo - Diálogos Poéticos

Amigos, dia 26 de novembro às 19h, estarei com o poeta Tarso de Melo na Casa das Rosas,( seis meses depois do lançamento!) para um bate-papo com os apresentadores Frederico Barbosa e Marcos Pezão. Vou  declamar poemas, falar do livro "Enquanto o tambor não chama", contos e o que mais rolar. Simbora.

Serviço:
Casa das Rosas - Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura
Av. Paulista, 37 -  São Paulo - Brasil
(11) 3285.6986 / 3288.9447


 "Divulgação: Apresentação: Frederico Barbosa e Pezão. Sábados, 26 de novembro, 19h. A cada encontro, o Sarau Diálogos Poéticos recebe dois poetas contemporâneos, que são entrevistados e leem alguns de seus poemas. O sarau é aberto à participação do público, que terá a oportunidade de apresentar poemas próprios. Com Tarso de Melo e Sergio Ballouk. Música: Marcelo Ferreti e Gustavo Melo."


23/11/2011

Zumbi - inspiração de todos os brasileiros


Dia 20/11/11, dia de Zumbi, fiz uma palestra sobre literatura afro-brasileira na Faculdade Zumbi dos Palmares. Estava inteiro Zumbi: no dia e na Universidade. Vixi! Obrigado aos amigos da Unipalmares, em especial aos professores Telma, Andreia e Fábio, pelo carinho e atenção. Coisa boa e rara nos dias de hoje. A cidade fervia de atividades, onde você passava tinha uma oficina, canção, poesia no ar, gente lembrando zumbi e desejando um mundo melhor. Acredito ter feito a minha parte. Falei. Falei mesmo. Dos autores e suas páginas pólvoras que, mesmo invisibilizadas pela perversidade do mercado, continuam vivas de instigação, de leitura, apropriação do conhecimento,desejos. Pois é. Resultado prático: o meu exemplar do "Quarto de Despejo", da Carolina Maria de Jesus voltou a correr mãos, agora minha esposa está lendo e minha irmã aguarda a vez. Fiz a minha parte. Bem no meio da palestra, entre um poema do Oswaldo de Camargo (Em Maio) ou próximo a Solano Trindade (Gravata Colorida) percebi que a felicidade me espreitava dentro de um livro. Quanto mais recitava mais me apaixonava pela poesia.

# # #


Eu sou poeta. E brinco o ofício de ser poesia. Brinco de ser feliz. E feliz sou conduzido pelo livro. Ele me leva a conhecer saraus repletos de outros sonhadores como eu, que brincam o ofício de ser poesia. Ele me leva a conhecer universidades, repletos de professores tão sonhadores quanto eu, que levam os alunos a sonharem, e aprenderem brincando. Dessa vez, sonhando acordado, vi até minha mãe sentadinha na carteira da sala, bajulando o filho, ou o filho bajulando a mãe, sei lá. Também estavam filhos, amigos, mulher, professores, gente que passou atraída pela poesia que saia de livros. Coisas de sonhadores e seus livros, suas alegrias e suas poesias. Coisas de Zumbi.



21/11/2011

Lande Onawale Kalunga - Poemas de Um Mar Sem Fim

"do blog de Ana Paula Fanon"





“Kalunga, além de aglutinar versos de comprometimento com a causa negra, é dotado de uma santa poesia, nascente de águas e abebes e luta e ginga e dança... o verso de Lande Onawale tem o poder de transcender à metáfora e chegar rente aos ouvidos e consciência das novas gerações...
Kalunga é a concretização da urgência e necessidade da bela poesia de Lande Onawale, e causa em nós, poetas daquela geração dos primeiros Cadernos Negros, a sensação de certeza na continuidade revigorada, haja vista que:
para cada agressão que nos fira
temos um ato de revolta que nos cura
para cada racista que delira
a bala
da nossa pele escura
Versos que cada um de nós gostaria de ter escrito.” (Jose Carlos Limeira, no prefácio)

EXCERTOS:

“à fúria do útero da terra
seguiu-se a fúria do núcleo
de um infinitésimo grão de areia
...
no ar, uma antípoda bomba,
que sem alarde faz tudo arder” (FISSURA NUCLEAR - FUKUSHIMA)

"...vem no vento, sibilando, cada sílaba...
eu, poeta, uma espécie de vodunsi
(olhos de Zambi)
boca de tudo
nada vejo
calo e me curvo de surran pra inspiração" (KWE ZULU)

"à sombra do tempo
o guerreiro cede o seu corpo
crivado de demandas
mas não há cansaço em seu olhar
sempre voltado para a amplidão
(um abebé insone
banhando de luz
nosso sonho e desespero)" (ABDIAS, ABDIAS)

"A memória do mar me atravessa...
está cravada em mim
como os ferros da grande árvore inesquecível,
são meus poros,
são as voltas da muzenza contornando os cemitérios
- e, é claro, são mistérios. (KALUNGA)

"aquele blues
tornava nossas peles mais azuis
retintas
...
aquele blues soprou em nós
a eternidade de um instante alado
mergulhado num abismo de delícias" (BLACK BLUE)


SERVIÇO:

O quê: Lançamento do livro KALUNGA - poemas de um mar sem fim

Onde:Biblioteca Pública Do Estado - Barris

Quando : 28/11/2011 ás 17:00 h

16/11/2011

Enquanto o tambor na FESP-





Hoje, 16/11- estarei na FESPsp - Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo, lançamento o Livro "Enquanto o tambor não Chama"- poemas, com a parceria do Núcleo de Pesquisas Biblioteca Clóvis Moura. Quem quiser chegar e recitar um poema, demorô! Simbora!


Serviço: Semana da Consciência Negra 2011
FESPsp - Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo
Local: Av. General Jardim, 522 - Vila Buarque
Próximo ao metrô República e Santa Cecília

11/11/2011

Feira do Empreendedorismo 20 na Zumbi – Ano Internacional dos Afrodescendentes!!

Saudações,

Dia 20/11 vou participar de uma Roda de Conversa sobre o tema literatura afro-brasileira. Sempre de forma descontraida, vou fazer uma contextualização em leitura dramática e poética de grandes autores. Reforço o grifo acima, pois devido a  equivoco foi publicado em alguns canais que o tema em questão  trate de literatura africana.  Simbora.





 Sala 18 - 15:30 – 16:30 Roda de conversa- literatura afro-brasileira- Rep.  Do quilombhoje – Sérgio Ballouk


a programação completa abaixo:


Feira do Empreendedorismo
20 na Zumbi – Ano Internacional dos Afrodescendentes!!

PROGRAMAÇÃO

Local/Horário/Atividade/Palestrante/Responsável





Hall azul-  sala 31 10:00 – 12:00 Batismo de capoeira Profº Palito

Sala do NPJ - 10:00 – 17:00 Orientação jurídica- gratuita Carlos Pinheiro e Juliana Genarini

Brinquedoteca  -10:00 Para uso das crianças

Espaço Cultural Abdias do Nascimento - 11:00 Inauguração da exposição de arte

Lizar 1º andar entre as escadas - 11:00 – 15:00  Ação social HCor

Sala 14 - 11:15 – 12:15 Roda de conversa: antropologia, raça e cultura Profs da casa – Vera Cristina, Ulisses, Lourenço
Sala 05 - 11:10-12:10 Oficina de dança afro - infantil aluna

Sala 06 - 11:15 – 12:15 Palestra: crimes de racismo: a fase do inquérito policial Profº Hédio

Sala 17 - 11:30 – 12:30 Palestra de marketing Marcos Moreira

Sala 18 - 11:30 – 12:30 ** Wagner Chagas

Hall azul - 12:00- 13:00 Grupo de samba

Sala 02 - 13:00 – 15:00 Pedagogia Empresarial Afrotech  - IBM

Sala 12 - 13:00 – 15:00 A importância do Inglês no mercado de trabalho Afrotech  - IBM

Sala 11 - 13:00 – 15:00 -Afrotech  - IBM

Sala 17 - 13:00 – 13:45 Leitura critica da mus. saudosa maloca Integrantes do coral

Hall azul - 13:20 – 13:40 Dança do ventre

Sala 06 - 13:30 – 14:30 Roda de conversa: condenações de negros a pena de morte nos EUA Profº Frederico assis

Sala 18 - 13:30 – 14:30 Contação de Historia – contos e mitos africanos Alunas de pedagogia

Sala 14 - 13:30 – 15:00 Roda de conversa- empreendedorismo e sustentabilidade Rep. Apexbrasil – prof Arnaldo Batista
- SEBRAE

Hall azul - 13:50 – 14:40 Apresentação coral

Sala 08 - 14:00 Oficina de acessórios para cabelo Marisa Moura

Sala 01 - 14:00 – 15:30 ENERGIA CONSCIENTE: o segredo do crescimento interior à concretização dos objetivos
pessoais. Prof ª Ieda Neres e Profº Geraldo Silva

Sala 17 - 14:30 – 16:00 A importância do xadrez para o universitário + oficina de xadrez Profº Lombe

Sala 05 - 14:30 Oficina de mascaras africanas Profª Inês breccio

Hall azul - 14:50 – 15:50 Apresentação teatral – historia da cultura do negro no Brasil Alunos de adm

Sala 18 - 15:00 – 16:00 O Malandro: Análise Crítica, Poder e Contexto Edilene Bezerra (univ. São Judas) e Willian
Oliveira ( aluno de adm)

Sala 02 - 15:00 – 16:00 Palestra de empreendedorismo e exposição de produtos Rep. Da empresa Amway

Sala 06 - 15:00 – 16:00 Roda de conversa: economia criativa e empreendedorismo étnico : novos modelos de negócios
Ariston Batista – aluno Adm

Sala 14 - 15:15 – 16:30 Palestra de ética Luiz Eduardo Nocciolli

 Sala 18 - 15:30 – 16:30 Roda de conversa- literatura afro-brasileira- Rep.  Do quilombhoje – Sérgio Ballouk


Sala 03 - 15:30 – 16:30 Contação de historia – contos e mitos africanos Alunas de pedagogia

Hall azul - 16:00 – 16:40 Desfile

Hall azul - 16:50 – 17:50 Apresentação de samba rock + negros dançarUaldo Nascimento

Hall azul - 18:00 Apresentação escola de samba
X-9 + folha verde



  • ** aguardando confirmação do Jair

10/11/2011

FESP- Biblioteca Clóvis Moura - Semana da Consciência Negra - 2011



Dia 16/11- Estarei na FESPsp - Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo, lançamento o Livro "Enquanto o tambor não Chama"- poemas, com a parceria do Núcleo de Pesquisas Biblioteca Clóvis Moura.Simbora!


Serviço: Semana da Consciência Negra 2011
FESPsp - Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo
Local: Av. General Jardim, 522 - Vila Buarque
Próximo ao metrô República e Santa Cecília


Confira abaixo  a programação completa:




CRONOGRAMA
ATIVIDADE
LOCAL
Quarta-feira
16/11/2011
Exposição do Núcleo de Pesquisas Biblioteca Clóvis Moura: linha do tempo com fotos do núcleo, montagem do acervo com alguns livros do núcleo e distribuição de folhetos (divulgação do Núcleo).
Filme no saguão da FESP de 10 min – 19h30, sobre Guiné. Durante a chegada dos alunos.
SALA DO ADÃO
E SAGUÃO
Quarta-feira
16/11/2011
Em parceria com a FESPpóetica - Relançamento do livro: Enquanto o Tambor não Chama( poemas), de Sergio Ballouk - no saguão da FESP. Leituras de alguns poemas e bate-papo com o público.
Mesmo local: FESPpóetica
Quinta-feira
17/11/2011
MESA – Discutindo a importância do Museu afro para a Cultura brasileira; toda trajetória desse centro de Informação.
Auditório
7º andar 20h00
Sexta-Feira
18/11/2011
MESA – Vida e obra de Clóvis Moura
Auditório
7º andar
20h00
Sábado
19/11/2011
MESA – Lei 10.639/03 em debate
Auditório
7º andar
10h00
Sábado
19/11/2011
WORKSHOP
Mariama Camara – Dança
Mandingue (Guiné-Conacri)
Sala do
3º andar 18H00
Sábado
19/11/2011
FESTA – Nega de estampa
Saguão Principal  17h00

  
Palestrantes

MESA I

Título: Museu Afro Brasil – Um conceito em perspectiva - Discutindo a importância do Museu afro para a Cultura brasileira; toda trajetória desse centro de informação.

Dulcilei da Conceição Lima
Bacharel em História pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP (2003). Mestre em Educação, Arte e História da Cultura na Universidade Presbiteriana Mackenzie com o estudo intitulado Desvendando Luíza Mahin: Um mito libertário no cerne do Feminismo Negro (2011). Entre 2004 e 2010 atuou como professora de História no Ensino Fundamental, Médio e Superior. Desde 2008 integra o Núcleo de Educação do Museu Afro Brasil, onde já foi educadora, supervisora e atualmente é Auxiliar de Coordenação.

Claúdio Bispo, estudante de biblioteconomia, que está fundamentando seu tcc na teque no museu afro.

MESA II

Mesa de debates sobre a vida e obra de Clóvis Moura - Tema: Quem foi Clóvis Moura?

Mediador: José Adão Pinto, livreiro desde 1975, e trabalha na ESP desde 1996.Conviveu com Clóvis Moura durante o período de 1983 a 1985 em São Paulo no bairro de Santa Cecília.

Debatedores:

Roque S.de Souza, conviveu durante um período com Clóvis Moura. Pesquisador de assuntos culturais, escritor e professor. trabalhou no Colégio Indac-Catec onde realizou cursos de História da MPB, Fatec-SP palestras Cultura Brasileira, SESC/SP encarregado artístico e coordenador do Circuito de MPB-SESC na Capital e no interior do estado de São Paulo Com João Bosco, Cartola e Roberto Nascimento, Carlinhos Vergueiro, Edu Lobo e Boca Livre e Luiz Gonzaga. Estúdio Eldorado realizou e produziu o circuito Ciclo das Águas com o compositor Geraldo Filme e a cantora Ana de Holanda acompanhados pelo cantor-compositor e arranjador Filó Machado. Palestras na PUC-Campinas/SP, UNE/viração-Guarulhos .

Roseli Macedo Leal, Mestre e Doutora em Saúde Pública pela Universidade de São Paulo / Faculdade de Saúde Pública. Graduada em Letras - Faculdades Oswaldo Cruz, Especialista em Administração de Recursos Humanos - Universidade Sant Anna. Professora titular da UNIBAN Brasil, convidada do Instituto RACINE de Pós-Graduação e do Instituto Nacional de Pós-Graduação - INPG. Experiências na área de Saúde Pública, Coletiva e Comunitária, com ênfase em Saúde Ambiental/Ocupacional e Práticas em Serviços de Saúde, atuando, principalmente, nos seguintes temas: Gestão Pública e Participação, Ações de Saúde (educação e gestão), Gestão de Pessoas, Educação (disciplinas pedagógicas), Metodologia da Pesquisa Científica e Orientação de Trabalho de Conclusão de Curso, Segurança Alimentar e Nutricional, Meio Ambiente (educação e gestão) e Planejamento. Vice-Presidente do Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional de São Paulo - COMUSAN-SP, por quatro Gestões (2001/2010). Aposentada pela Prefeitura da Cidade de São Paulo como Especialista. Ativista em Movimentos Sociais, nas áreas: trabalho e sindicalismo, saúde, segurança alimentar e nutricional, sustentabilidade ambiental, gênero, combate ao racismo, assuntos comunitários, participação social e popular.

Soraya Moura - historiadora, formada pela Universidade São Paulo, desenvolve projetos na área de História Social e Organização de acervos Históricos.

Walber Monteiro, ex-militante do movimento estudantil, foi Coordenador do DCE da UNESP e diretor de Escolas públicas da U.E.E.-SP. No movimento sindical foi diretor de Relações Internacionais da União Nacional dos Servidores Públicas civis do Brasil e da UIS servidores da Federação Sindical Mundial. Atualmente é membro da coordenação Nacional da INTERSINDICAL. é do conselho editorial do jornal Arma da Crítica e coord. de projetos do Instituto Luiz Gama..

MESA III

Palestra sobre a lei 10.639/03 e a lei complementar 11.645 que instituiu, a obrigatoriedade do ensino sobre África nas escolas.

Mediadora: Marisa Mateus

Dra.Teresina Bernardo é Doutora pelo Programa de Estudos Pós-Graduados em Ciências Sociais - PUC/SP. É Professora Assistente – Doutor no Departamento de Antropologia da Faculdade de Ciências Sociais da PUC/SP desde 1994 e Professora do Programa de Estudos Pós-Graduados em Ciências Sociais da PUC/SP - Área de Antropologia. Foi Coordenadora de Antropologia do Ciclo Básico da PUC/SP; Assessora da Reitoria da PUC/SP (1990-1992) e Chefe do Departamento de Antropologia da Faculdade de Ciências Sociais da PUC/SP.

Milton Silva dos Santos Doutorando em Antropologia Social (UNICAMP). Possui bacharelados (2004), licenciatura plena (2005) e mestrado em Ciências Sociais/Antropologia pela PUC-SP (2007). Ex-integrante do Núcleo de Pesquisa do Museu Afro Brasil. Coordenou e ministrou cursos de aperfeiçoamento em cultura afro-brasileira (SINPRO-SP, PUC-COGEAE, Secretaria de Educação de Barueri-SP, UNESP-Campus Presidente Prudente e outras instituições). Colaborador convidado para redigir os verbetes "Candomblé" e "Sincretismo" (Dicionário básico de sociologia, Editora Global, no prelo). Autor de artigos publicados sobre identidade e religiosidade afro-brasileira. Atua nas seguintes áreas: (re)africanização do candomblé; religiões afro-brasileiras no Ensino Religioso das escolas públicas de São Paulo; cultura e religiosidade afro-brasileiras nos currículos escolares.

Exposição – Curador Alexandre Araujo Bispo – idealizador e curador da exposição É Nóis na Fita Provérbios Afrobrasileiros : uma homenagem a mãe Stela de Oxossi, realização prefeitura de Santo André.

Contatos:

Cristiane Laudemar Rodrigues – biblioteca.fespspreto@gmail.com

Thaís Pereira dos Santos – secretaria.fespspreto@gmail.com

ENQUANTO O TAMBOR NÃO CHAMA VIAJANDO!

     ENQUANTO O TAMBOR NÃO CHAMA VIAJANDO! Minha grata surpresa foi a tradução de alguns poemas para o espanhol por Demian Paredes, da Argen...