Aí o Pelé lembra do passado e diz que enquanto jogador era ofendido e tudo bem. Curvava a espinha, recolhia sua dignidade levantando as meias de algodão branco e pouco elástico e esperava o racismo passar, esperava, esperava...
Muitos seguiram o método Pelé nas ruas, escolas... Compreensível. Afinal, ele era o REI do futebol e as crianças, os mortais negros, aguardavam uma única palavra, um gesto sequer. Hoje todos sabemos que o método Pelé só fortalece o sistema racista. E ele, guardião do método, procura por discípulos e pune os revoltosos. Triste. Já a minha vó que nem do Pelé gostava, mineiramente, entre um causo e outro, ensinava gestos, palavrões e rebeldias para usarmos dentro e fora do futebol.
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