Paulista
de
príncipes e tísicos
sangue
de preto
desde
o princípio
alicerça
edifício
Paulista
hoje
menos
longe
está
no corte, no relo
no
ralo,
se
alcança em boa pipa
desbicada
rente ao chão
Paulista
marco
zero da desigualdade
bolha
imobiliária
pus
incendiário de favela
valoriza
sangue,
trena
e
terra
Paulista
minha
querida,
peço
um só minuto de sua vida
esqueça
a velha brincadeira
séria
de todo dia
onde
está
oWholy negróide?
Paulista
no
almoço comercial
sou
demais feijão
destaque
no branco prato
sou
contínua visão
do
povo revolucionário
Paulista
e
sua agenda:
o
transito demente
separação
suburbana,
religião
diletante
católica,
umbandista e protestante
Paulista
vaso
de sete ervas
sal
à gosto, nas portas
com
gosto
nos
cantos das lojas
quebra agouro
Paulista
novamente
a
encarapinhada pendurada na janela
no
quarto ao lado
patroa
chora
reprise
da novela
Paulista
o
novo andaime leva o peão
no
tabuleiro envidraçado
na
altura do rei
da
torre de celular
peça
preta
que luta
para não perder a vez
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