SERGIO BALLOUK CHAMA PRA DANÇAR
Texto escrito para orelha do livro "Casa de Portugal", por Michel Yakini
Texto escrito para orelha do livro "Casa de Portugal", por Michel Yakini
“Disseram que ele não vinha,
olha ele aí...”
Jorge Ben – Galilleu da Galiléia
olha ele aí...”
Jorge Ben – Galilleu da Galiléia
Quando Sergio Ballouk me enviou os contos de Casa de Portugal, eu já esperava essa obra há algum tempo durante a preparação do livro. Sou leitor assíduo dos contos que ele publica nos Cadernos Negros e sua prosa é do meu agrado.
Ballouk confirma a trança entre palavra e identidade que versou o seu primeiro livro Enquanto o tambor não chama, mas dessa vez, na prosa curta, apresenta um trampo afinado na construção dos personagens, nos diálogos e principalmente no uso da ironia.
Fiz a leitura sorrindo. Na alegria de ver mais um livro de contos florindo em nossa literatura e por essa prosa me deixar um sentimento de graça, mesmo nas temáticas sérias, pois Ballouk provoca o riso, sabe que na ironia prevalece a liberdade de criação e de interpretação, sendo mestre na arte de interrogar e desconstruir estórias, sem pontuar verdades de vidro.
Seus contos rememoram nossas reuniões familiares na beira da escada, aquela conversa despretensiosa no ponto de ônibus, as lambanças de um casado x solteiro e as quenturas de um baile sportchic, como no conto clássico que dá título ao livro.
Casa de Portugal é um livro de afetividades e contradições, entre o cotidiano e o absurdo, com um texto de representação direcionado, seja na presença recorrente da família (extensa) preta e da molecada, seja na descrição do espaço narrativo e dos personagens, ou nas entrelinhas e surpresas de cada enredo, que marcam o estilo do autor.
E, na cadência do samba-rock, Sergio Ballouk nos convida a deixar de tanto ensaio e desatar os nós desse ritmo, cada um ao seu estilo, pois é hora de dançar com as palavras, ouvindo as tradições e rodopiando o futuro. Bem vindo à Casa de Portugal! Alô, como vai, como é que é?
Ballouk confirma a trança entre palavra e identidade que versou o seu primeiro livro Enquanto o tambor não chama, mas dessa vez, na prosa curta, apresenta um trampo afinado na construção dos personagens, nos diálogos e principalmente no uso da ironia.
Fiz a leitura sorrindo. Na alegria de ver mais um livro de contos florindo em nossa literatura e por essa prosa me deixar um sentimento de graça, mesmo nas temáticas sérias, pois Ballouk provoca o riso, sabe que na ironia prevalece a liberdade de criação e de interpretação, sendo mestre na arte de interrogar e desconstruir estórias, sem pontuar verdades de vidro.
Seus contos rememoram nossas reuniões familiares na beira da escada, aquela conversa despretensiosa no ponto de ônibus, as lambanças de um casado x solteiro e as quenturas de um baile sportchic, como no conto clássico que dá título ao livro.
Casa de Portugal é um livro de afetividades e contradições, entre o cotidiano e o absurdo, com um texto de representação direcionado, seja na presença recorrente da família (extensa) preta e da molecada, seja na descrição do espaço narrativo e dos personagens, ou nas entrelinhas e surpresas de cada enredo, que marcam o estilo do autor.
E, na cadência do samba-rock, Sergio Ballouk nos convida a deixar de tanto ensaio e desatar os nós desse ritmo, cada um ao seu estilo, pois é hora de dançar com as palavras, ouvindo as tradições e rodopiando o futuro. Bem vindo à Casa de Portugal! Alô, como vai, como é que é?
Michel Yakini
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