23/07/2011

Revista Raça Brasil e o tambor





Na Revista Raça Brasil deste mês traz na capa o grande Thaíde, contando sobre suas andanças pela Rua São Bento,  programas de televisão, cinema, e muito mais. De quebra, tem a seção  Na Pegada! com indicações de livros da jornalista Denise Pires, e entre eles... temos Cadernos Negros 33 e  Enquanto o Tambor Não Chama. É isso aí. Simbora.
 Aqui vai um aperitivo da revista  http://racabrasil.uol.com.br/cultura-gente/156/artigo221178-1.asp


ENQUANTO O TAMBOR NÃO CHAMA
Sérgio Ballouk - presença constante na série Cadernos Negros - reúne nesta obra 51 poemas "carregados de combatividade, sem deixar de contemplar o lirismo e a beleza que devem nortear um bom texto poético", segundo Sidney Oliveira. Lançamento do grupo Quilombhoje Literatura, a obra toca a musicalidade de várias temáticas, como o amor, a família e a ancestralidade. Enquanto o Tambor Não Chama é digno de admiração por aqueles que amam a poesia e, através dela, almejam ampliar seus conhecimentos.


 



CADERCADERNOS NEGROS 
 
O volume 33 dos já tradicionais Cadernos Negros, da Quilombhoje Literatura, mostra um amadurecimento de ideias e concepções. De diversas regiões do país, vários autores mostram suas facetas no livro, além de poetas que há algum tempo não publicavam. Poemas românticos e sensuais ganham espaço nesta nova edição, que conta também com textos que procuram refletir sobre a experiência de vida afrocontemporânea.

Imortalituque
Que batuque é esse com cheiro de nuvem,
Com gosto de terra?
Que batuque é esse pela ribanceira
Invade a via, sacode a gente,
Que traz semente...
Que atiça o fogo, co-ordena o jogo, desfaz o frio
E não deixa brecha a nenhum talvez...?
Também incomoda, entra na roda, sacode a saia,
Faz desmantelo e inquietação:
Punho fechado, grito estridente,
espada quente de mão em mão.
Se pensa, indaga e dá gargalhada pra provocar?
Lhes digo já.
- É Oliveira Silveira e o Conceição,
Lélia e Hamiltão com Beatriz;
Neuza, Sergipe e Paulo Moura
De sax em punho pra provocar.
É João Ferreira que traz Solano
Versos de Amílcar, o africano
Lá vem a Mãe Hilda Jitolu
O Ilê cantando pra Omulu...
Não tem saída a não ser lutar
E o batuque de norte a sul:
"Asé!... Asé more wa...!"
(De Lepê Correia, Cadernos Negros, Volume 33)


Um comentário:

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