02/05/2011
A Capa
Essa é a capa do livro. Depois de muitas mexidas, indas e vindas surge a cara da apresentação do trabalho. Nesses últimos dias eu postei partes do poema que dá título ao livro. Credito a escolha a forma fragmentada que ele se apresenta, com a possibilidade de ser lido separadamente, e mesmo assim, com particularidades individuais. Assim é o livro. É a somatória dos meus cacos, pedaços em mosaico, que vistos de longe- e alguns de muito perto- formam a minha resistente estrutura. O meu toque de tambor é desse jeito, chegando para somar com tantos outros que ecoam no ar.
ONDE SERÁ A FESTA: CASA DAS ROSAS - Av Paulista, 37
17/05 ( TERÇA FEIRA)
TRAJE: CADA UM DO SEU JEITO
Enquanto o tambor não chama
estou em outro lugar
no rodopio de mãos trançadas
corpos treinados, pés floreados,
peripécia de samba rock na alma
enquanto o tambor não chama...
encontrem-me entre cheiros
esfregando arruda entre os dedos
mascando alecrim
colhendo pariparoba
e flores de jasmim
enquanto o tambor não chama
com incenso de palavras do peito da África
com som de lembranças sob pele retinta
com zunido na cabeça e tremor nas pernas...
ah, mas quando o tambor chama!
é só alegria
festa, euforia no catimbozeiro
é vovó abençoando de passo inusitado
no centro do terreiro
e a roda grandiosa em festa
é exu Giramundo ou é mundo que gira?
arrasta a menina
que tremelica em ancas servidas
em sinfonia de adja chamando pra chegar
aí é que eu quero ver
aí é que eu quero ver
quando o tambor chama
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