Leia o que Miriam Alves escreveu sobre o Tambor no blog Resenhar:
Enquanto o Tambor não chama. Livro de Sergio Ballouk.
Primeiro
livro solo de Sergio Ballouk, paulistano que nasceu do ano de 1967 em
pleno carnaval. Ouviu o chamado do Tambor e deu o primeiro choro para
anunciar que se inseria no desfile da existência. No bairro da periferia
de São Paulo, Vila Guilherme, o tambor da escrita despertou o poeta e
escritor no menino, adolescente, adulto que imaginava mundos a partir do
seu mundo e brotaram nos sons dos tantans, tantas palavras.
O tambor um instrumento que se toca com as mãos nuas (na maioria das vezes) sobre a membrana (pele) curtida ao sol e esticada sobre um suporte de ressonância, em rituais, orquestra e baterias de escola de samba, que ao toque emite sons que seduzem. As palavras são sons: que falam; que avisam; que choram; que riem. Sons que vão ao longe, longe percorrendo, penetrando emoções, sons prontos para se incorporarem em poemas e ficções, eletrificando consciências entrelaçando os sentires cadenciando, chamando.
O tambor um instrumento que se toca com as mãos nuas (na maioria das vezes) sobre a membrana (pele) curtida ao sol e esticada sobre um suporte de ressonância, em rituais, orquestra e baterias de escola de samba, que ao toque emite sons que seduzem. As palavras são sons: que falam; que avisam; que choram; que riem. Sons que vão ao longe, longe percorrendo, penetrando emoções, sons prontos para se incorporarem em poemas e ficções, eletrificando consciências entrelaçando os sentires cadenciando, chamando.
O tambor já está chamando, aguce os ouvidos no baque, tibaque, tibaque, taque, baque, tibaque “no centro do terreiro/ e a roda grandiosa em festa/ é Exu Giramundo ou é o mundo que gira?”. O poeta vai afinando os versos encontrando-se na melodia da escrita, aguardando a chamada de mais um poema que vem vindo:
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