Helen Oyeyemi |
Intriga
inicialmente pela capa, sabe-se que é uma criança negra, encolhida e suja,
acinzentada, não dá maiores pistas. A Menina Ícaro de Helen Oyeyemi é fruto de
admiração, sendo este o seu primeiro romance, escrito durante os anos no
ensino médio. Uma grande parábola sobre libertar-se e suas conseqüências. Ou
simplesmente Voe, como costuma dizer Oubi Inaê Kibuko, um dos
participantes da discussão do Quilomboletras deste último sábado. Jessamy Harrisson ( Jess, Jessy ou Wuraola) é o personagem que nos transporta em
seu universo de descobertas,
incertezas, medos, com a varredura de olhar proporcionado por uma
notável escritora, muito embora causando certa estranheza, se pensarmos que se
trata de personagem de oito anos. E muitas vezes, até mesmo pela quantidade de
páginas (penso que poderia ser enxugado!), e dinâmica da narrativa, rápida,
suspense, texto repleto de oralidade Segue buscando carreira de
best-sellers?. Sim, é possível.
Antecipando a trama, cheguei a
acreditar que se tratasse de problema de múltipla identidade com o
aparecimento de Tilly Tilly(Titiola), a mulher de braços compridos, Fern ( a
irmã gêmea morta). Ledo engano, a coisa é mais embaixo, ou dentro, ou muitas
outras incógnitas, essa é a impressão que fica, quantas incógnitas...
Deixando
um pouco de lado Jessy, assim chamada na presença da arteira Tilly Tilly, vale
destaque o avó nigeriano Baba Gbenga, sua força patriarcal e representação
mítica.
Já disse muito. Aventure-se, Voe e boa leitura!
Nenhum comentário:
Postar um comentário